domingo, 24 de março de 2013




Suas escolhas ...
por Paulo Coelho

Lembro-me de uma velha história do Charlie Brown. O cachorro Snoopy está pronto para fazer uma besteira, quando Charlie se aproxima e ameaça: “se você fizer isto, terá que sofrer as consequências!”.
Snoopy ameaça, finge que não liga, mas termina desistindo. Então, enfia-se em sua casinha de cachorro e pensa com o ar mais triste do mundo: “minha vida é uma série de conseqüências não sofridas…”.
Certas decisões que tomamos nos ensinam uma nova e deliciosa maneira de viver nossas vidas. Outras nos ensinam lições duríssimas. Mas todos os poetas, e todos os sábios, e todos os místicos já disseram: “Tente. Arrisque”.
Faça. E agüente as conseqüências.

Como capturar porcos selvagens ... e a política nos dias atuais.



Reproduzo a seguir o interessante texto de Sheila Porto postado em seu blog:
"O socialismo funciona? Acho que não.Há alguns anos visitei Cuba, conversei com as pessoas comuns, na rua, e apesar de todos terem todos os dentes na boca, não vi felicidade.Os cubanos são alegres, na medida do possível, mas não possuem o bem maior do ser humano: a liberdade.
O socialismo não tem sido defendido de forma visceral, como era até a alguns anos atrás,aqui no Brasil, mas ainda é alardeado por aqui por alguns políticos que, sinceramente, tenho dúvida se sabem do que estão falando.De qualquer forma, pelo menos 1/7 da população do planeta, vive sob esse regime na China.Pelo menos oficialmente.
Assim, achei oportuno replicar o e-mail que recebi de uma amiga sobre um experimento realizado por um professor de economia, nos EUA.Quando ocorreu não sei,se realmente aconteceu, acho que não, mas isso é irrelevante. Vale pelo conceito.
"Um professor de economia em uma universidade americana disse que nunca havia reprovado um só aluno, até que certa vez reprovou uma classe inteira.
Esta classe, em particular, havia insistido que o socialismo realmente funcionava:com um governo assistencialista intermediando a riqueza,ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e justo.
O professor então disse," OK, vamos fazer um experimento socialista nesta classe.Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas." 
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam " justas".Todos receberão as mesmas notas, o que significa que em teoria ninguém será reprovado, assim como também ninguém receberá um "A".
Depois de calculada a média da primeira prova, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram, ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos.Eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.Já aqueles que tinham estudado bastante no início, resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Como resultado, a segunda média das provas foi "D". Ninguém gostou. 
Depois da terceira prova, a média geral foi "F".As notas não voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por justiça dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações.Inimizades e senso de injustiça passaram a fazer parte daquela turma.No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala.Portanto, todos os alunos repetiram aquela disciplina.....para a surpresa de todos.
O professor explicou que o experimento socialista falhou quando a recompensa é grande, o esforço pelo sucesso individual é grande, mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas de alguns para dar aos que não batalharam por elas, então ninguém mais vai tentar ou querer fazer seu melhor. Tão simples quanto.
Moral da história:
1- Você não pode levar o mais pobre à prosperidade apenas tirando a prosperidade do mais rico;
2- Para cada um recebendo sem trabalhar, há uma pessoa trabalhando sem receber;  
3- O governo não consegue dar nada a ninguém sem que tenha tomado de outra pessoa;
4 -  Ao contrário do conhecimento, é impossível multiplicar a riqueza tentando dividi-la;
5- Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação".

Meu comentário é apresentado sob a forma de Fábula de autor desconhecido ... COMO CAPTURAR PORCOS SELVAGENS, leia com a atenção ... com certeza, vai visualizar o panorama político atual de alguns países da América Latina:
Você captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chão.
Os porcos vêm todo dia comer o milho gratuito.
Quando eles se acostumam  a vir todos os dias, você coloca uma cerca. Mas só de um lado do lugar onde eles se acostumaram a vir.
Quando eles se acostumam com  a cerca, eles voltam para comer o milho e você coloca o outro lado da cerca.
Mais uma vez eles se acostumam e voltam para comer.
Você continua assim, até colocar os quatro lados da cerca em volta deles, com uma porta no último lado.
O porcos, que já se acostumaram  ao milho fácil e às cercas, continuam  a  vir .
Você, então, fecha a porteira e captura o grupo todo. E assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade.
Eles ficam correndo e dando voltas dentro das cercas, mas logo voltam a comer o milho fácil e gratuito. E ficam tão acostumados a ele que esquecem como caçar na floresta por si próprios. E por isso, aceitam a servidão.
O jovem, então, disse ao professor que era isso o que ele via acontecer em seu país.
O governo ficava empurrando o povo para o comunismo e o socialismo e espalhando o milho gratuito, na forma de
           propagandas de auxílio de renda,
           bolsas isso e aquilo,
           impostos variados,
           estatutos de proteção,
           cotas para estes e aqueles,
           subsídio para todo tipo de coisa,
           programas de bem-estar social,
           medicina e medicamentos gratuitos.
Sempre e sempre novas leis.
Tudo ao custo da perda contínua da liberdade.
Migalha a migalha.
Devemos nos lembrar que NÃO EXISTE ESSE NEGÓCIO DE ALMOÇO GRÁTIS e, também, que NÃO É POSSÍVEL ALGUÉM PRESTAR UM SERVIÇO MAIS BARATO DO QUE SERIA SE VOCÊ MESMO O FIZESSE.
Finalmente, se você percebe que toda essa maravilhosa “ajuda” governamental se opõe ao futuro da democracia em nosso país, você vai mandar esta mensagem para seus amigos.
Mas se você acha que políticos e ongueiros pedem mais poder para as classes deles tirarem liberdade e dinheiro dos outros para beneficiar “você” ou os “pobres”, então você, provavelmente, vai deletar este email.
E que Deus o ajude quando trancarem a porteira !
O milho já está sendo colocado faz tempo;
         as cercas estão sendo colocandas aos poucos;
         imperceptivelmente.
E quando menos se espera.. PRONTO!
TRANCAM  A PORTEIRA!



sábado, 23 de março de 2013

Como arquiteta não posso deixar de contextualizar a questão em post.
O Museu do Índio do Rio de Janeiro é um órgão científico-cultural da Fundação Nacional do Índio. Foi criado pelo saudoso antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro.
Única instituição oficial no Brasil exclusivamente dedicada às culturas indígenas, tem como objetivo divulgar uma imagem correta, atualizada e desprovida de preconceitos dessas sociedades junto a públicos diversos, despertando, dessa forma, o interesse pela causa indígena.
Seu primeiro endereço foi um casarão na Rua Mata Machado no bairro do Maracanã. Em 1978, mudou-se para um sobrado do século XIX na Rua das Palmeiras, no bairro de Botafogo.
A demolição do prédio original seria uma aberração do atual Governo do Estado do Rio de Janeiro, uma vez que, o prédio é tombado pelo Patrimônio Histórico mas, como tudo que pertence ao Governo é o retrato do abandono, uma vergonha.
Interessante destacar e ressaltar o abandono pelo Governo (Municipal, Estadual e Federal) da maioria dos prédios de interesse histórico de nossa Cidade, sob a alegação de falta de verba para restauração, tais como:
** Hospital São Francisco de Assis, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, localizado na Avenida Presidente Vargas, 2863, no Centro, em foto de outubro de 2010. Atualmente, funciona com apenas 40% de sua capacidade .
** Prédio onde funcionou a primeira fábrica de gás, do Rio de Janeiro, localizado na avenida Presidente Vargas, no Centro. Em outubro de 2012, a prefeitura cedeu o prédio para a Microsoft usar as instalações, mas ainda nenhuma reforma começou.
** O Hotel Bragança, no bairro da Lapa, região onde, após a instalação de UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) em Santa Teresa, teve valorização dos casarões antigos, permanece abandonado. As famílias que ali moravam foram expulsas e, atualmente, está fechado.
** O asilo São Cornélio, localizado na rua do Catete, no bairro da Glória foi alugado para uma empresa que pretendia fazer um hospital, mas não recebeu autorização e está abandonado há seis anos. As famílias que ali moravam foram expulsas e, atualmente, está fechado.
** O Solar dos Abacaxis, na rua Cosme Velho, está à venda há dez anos, e já foi invadido diversas vezes.
** O Largo do Boticário, tombado como Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro, localizado na rua Cosme Velho, está abandonado e é alvo de ocupações de sem teto .
** Antigo Instituto de Eletrotécnica e Escola de Comunicação da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), na Rua Visconde do Rio Branco, na Praça da República. O prédio está abandonado há sete anos. Existiam projetos que pretendiam torna-lo sede de um Museu do Carnaval, mas atualmente o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) pretende que ali funcione o Centro Nacional de Arqueologia.
** O antigo Solar do Visconde do Rio Seco, localizado na Praça da República, no Centro, possui uma placa informando que as obras serão feitas, mas nada acontece desde 2008.
** Localizada em pleno centro nervoso do Rio de Janeiro, próximo ao Campo de Santana, a Escola de Teatro Martins Pena, a primeira da América Latina, criada em 1908, sofre com os maus tratos e abandono.
** A estrutura da Escola de Teatro Martins Pena é precária, com poças d'água causadas pela chuva em um dos teatros, falta de iluminação, fios soltos e cômodos que deveriam servir de coxia abandonados.
** Casa onde morou o pintor Cândido Portinari, na década de 1940, na rua Cosme Velho, 343. O prédio está fechado há anos, esperando um acordo entre os donos e a Prefeitura para o pagamento de dívidas do IPTU.
Sempre tenho a impressão que o Governo fica esperando que a Fundação Roberto Marinho tome a frente do processo de restauração do patrimônio em processo de deteriorização.

Quanto aos índios, confesso que, eventualmente via um "indiozinho" no prédio ou na redondeza mas, certamente, não na quantidade apresentada pela imprensa no dia de ontem.
O que me espanta é a participação de alguns manifestantes, com a apresentação inclusive de números de striptease. Lamentável !!!
Não podemos esquecer que, as autoridades estavam tão somente cumprindo determinação judicial. 
A violência foi uma resposta a reação não dos índios, mas os manifestantes.
O pior é o questionamento dos indíos sobre a localização das novas acomodações ... não gostaram de Jacarepaguá, longe do Centro do Rio. O que dizer? Louco mundo que vivemos.
Mais uma vez espantada frente aos questionamentos, afinal, o que esperar de um Governo que organiza a retirada dos índios de uma edificação localizada em área de trânsito intenso, na hora do rush? Por que não organizar/realizar a operação no fim de semana?
Realmente não entendo ... estou ficando burra !!!