domingo, 30 de julho de 2017

Esclarecimento ao meu filho

Amado filho,

Ontem, por ocasião da apresentação da novela das oito, você perguntou sobre o motivo da minha indignação, quando eu vi a ‘idolatria midiática’ aos bailes funks, onde criminosos ostentavam fuzis cantando e pulando, estando rodeados por belas jovens no ritmo das melhores músicas e bebidas fartas.

Você, com seus quatorze anos de idade, achou estranho eu não gostar daquelas cenas e tentarei explicar o porquê:

1) só quem pode usar fuzil são as forças de segurança do governo, que fazem algumas concessões às forças auxiliares. Fuzil é armamento de guerra;

2) O funk verdadeiro não pode ser associado à rodas de bandidos armados, pois é um estilo de música rico e com sua importância cultural;

3) aquelas lindas jovens exuberantes que ostentam joias e roupas da moda em corpos esculturais serão escravas dos traficantes que as presenteiam e, geralmente, não passam dos vinte anos de vida ou são presas antes disso;

4) aqueles jovens imponentes e cheios de si empunhando fuzis não chegarão aos vinte anos de vida, na maioria, ou serão presos antes disso;

5) aquelas bebidas e músicas 'maneiras' são financiadas pela ‘morte de inúmeros usuários de drogas ou vítimas da violência urbana que busca dinheiro para patrocinar aquele baile feliz que a novela mostrou’;

6) a bela atriz principal no papel de esposa de bandido começou a ficar deslumbrada pelo ‘poder paralelo’ que ostenta luxo e caras felizes. Contudo, quem associa-se ao tráfico não tem passe livre na sociedade, só no submundo;

7) milhares de pessoas morrem sem assistência médica porque o dinheiro que deveria ser alocado para a melhoria da saúde tem que ser redirecionado às forças policiais para combater aqueles bandidos felizes que a novela mostrou...

Por fim, eu poderia listar muitos outros motivos para que eu não tenha ficado contente com a ‘apologia ao crime apresentada na TV, mas disfarçada de crítica social’, porém já me basta apenas dizer-lhe no auge dos seus quatorze anos que ‘jamais a ilicitude trará benesses e que o caminho dos homens honrados dar-se-á sempre pela via dos estudos, da compaixão em comunidade e da Fé em Deus.
Filho, não se deixe enganar por essa máquina de alienação de massa, pois, no fundo, ela também financia 'aqueles bailes maneiros e regados a gente bonita e a fuzis'.

Autor: seu pai

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Teste usa 10 indicadores para detectar sinais de Alzheimer em 5 minutos

Um neurologista dos Estados Unidos desenvolveu um teste de apenas dez perguntas que pode detectar, em cerca de cinco minutos, os primeiros sinais do Mal de Alzheimer.
Segundo o pesquisador, o teste não é um diagnóstico de Alzheimer ou outras formas de demência, mas pode "identificar cedo mudanças cognitivas associadas a demências comuns como Alzheimer (...) ou outros problemas como depressão, traumas cerebrais e disfunções causadas por medicamentos".
O estudo do médico foi publicado na Alzheimer's and Dementia, revista da Associação de Alzheimer dos EUA.
O teste foi distribuído a clínicas nos EUA e está disponível no final deste texto.
A combinação de provas cognitivas mais usada atualmente para diagnosticar a demência - conhecida como "regra de ouro", ou "gold standard" - pode levar cerca de duas horas se for realizada por um médico experiente. O novo teste pode ser conduzido por não especialistas como parentes e cuidadores.
James E. Galvin, ex-professor da Universidade de Nova York, é atualmente pesquisador do Colégio de Medicina da Universidade Florida Atlantic, em Boca Ratón.
Galvin e sua equipe usaram seu teste, chamado "Sistema Rápido de Avaliação da Demência" (QDRS, na sigla em inglês), em cerca de 300 pacientes, que também foram avaliados pelo método tradicional.
"Análises estatísticas rigorosas demonstram a validade do QDRS não apenas para distinguir indivíduos com ou sem demência, mas para determinar em que fase da doença eles estão", disse Galvin à BBC Mundo, site da BBC em espanhol.

Dez perguntas e suas limitações

A demência é um termo genérico que descreve uma perda progressiva de funções e capacidades cognitivas que interferem com a habilidade de uma pessoa em ser independente, explicou o cientista.
"O Alzheimer é a causa mais comum da demência, mas há mais de cem causas", disse. "Neste estudo também incluímos demências por outras causas, como a demência vascular, a degeneração lobar frontotemporal (doença degenerativa marcada por mudanças no comportamento e personalidade) e a demência com Corpos de Lewy (doença degenerativa que inclui sintomas do mal de Parkinson)."
O questionário do médico inclui dez perguntas de múltipla escolha, com cinco opções de resposta cada, descrevendo sintomas que vão desde envelhecimento normal até demência severa (veja abaixo).
Cada pergunta cobre áreas diferentes - de memória a comunicação, orientação, higiene, atenção e concentração, entre outras.
A pontuação final vai de 0 a 30, e números mais elevados indicam um maior impedimento cognitivo.
"A grande limitação é a confiabilidade de quem preenche o questionário, de ser alguém que não prestou atenção aos detalhes, ou não conhece bem o paciente, nega-se a aceitar a presença da doença ou tem algum interesse pessoal de que o paciente seja declarado incapaz", explicou Galvin à BBC.
Já a vantagem do novo teste, acrescentou, é sua rapidez.
"Ele permite detectar a doença em suas primeiras etapas, quando é mais provável que as intervenções sejam mais eficientes."
Ele advertiu que uma pontuação alta no teste deve ser seguida por uma visita a um especialista.
"Mas em lugares onde há poucos especialistas, o teste pode ajudar o paciente a ter acesso rápido a diferentes serviços ou determinar, de forma sucinta, como o paciente está respondendo à terapia, se a doença está progredindo ou não", prosseguiu Galvin.

Brasil

A América Latina é uma das regiões que serão mais impactadas pelo aumento dos casos de demência, segundo o relatório Demência na América, publicado em 2013 pela ONG Alzheimer's International.
A publicação diz que o número de pessoas com a doença "subirá na América Latina dos 7,8 milhões atuais para mais de 27 milhões em 2050".
No Brasil, estima-se que haja 1,2 milhão de pessoas com Alzheimer - menos da metade delas diagnosticada -, diz à BBC Brasil o neurologista Rodrigo Schultz, coordenador do ambulatório de demência grave da Unifesp e diretor científico da Associação Brasileira de Alzheimer.
Ele diz que, embora o novo teste americano não possa ser considerado um diagnóstico preciso - que requer uma análise mais detalhada de por que o paciente pode estar tendo perda de memória -, trata-se de uma ferramenta importante para alcançar um público mais amplo.
"Pode ser um grande benefício em um país em que muitos não tenham acesso a neurologistas. Um médico de família pode fazer as perguntas (do teste) e, dependendo das respostas, encaminhar o paciente para um serviço de referência."
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PERGUNTAS E PONTUAÇÕES DO SISTEMA RÁPIDO DE AVALIAÇÃO DA DEMÊNCIA:
O teste avalia mudanças nas habilidades cognitivas e funcionais do paciente. Você deve comparar o paciente agora com como ele costumava ser - a questão central é a mudança. Em cada categoria, escolha a frase que melhor descreve o paciente e anote quantos pontos ela vale. Some os pontos de cada questão e veja, ao final do teste, o que essa pontuação significa.
Nem todas as características precisam estar presentes para que a resposta seja escolhida.

MEMÓRIA

0 ponto - Não há perda de memória óbvia. Esquecimentos irregulares que não interferem com as atividades diárias
0,5 ponto - Esquecimento leve e regular ou parcial de eventos, que pode interferir com atividades diárias; repete perguntas e frases, coloca objetos em lugares incomuns; esquece compromissos
1 ponto - Perda de memória leve a moderada, mais perceptível quando se trata de eventos recentes; interfere com as atividades diárias
2 pontos - Perda de memória moderada a severa; novas informações são rapidamente esquecidas; só lembra de informações aprendidas com muito esforço
3 pontos - Perda de memória severa; quase impossível recordar novas informações; memória de longo prazo pode estar afetada

ORIENTAÇÃO

0 - Plenamente orientado quanto a pessoas, espaço e tempo praticamente sempre
0,5 - Leve dificuldade em manter controle do tempo; pode esquecer datas com mais frequência do que no passado
1 - Dificuldade leve a moderada em acompanhar o tempo e sequências de eventos; esquece o mês do ano; orientado em locais familiares, mas fica confuso fora de espaços conhecidos; perde-se e fica vagando
2 - Dificuldade moderada a severa; geralmente desorientado quanto a tempo e espaço (familiar ou não); frequentemente tem dificuldade em lembrar do passado
3 - Orientado apenas quanto ao próprio nome, ainda que possa reconhecer parentes

TOMADA DE DECISÕES E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

0 - Resolve problemas cotidianos sem dificuldades; lida bem com questões pessoais e financeiras; habilidades de tomada de decisões consistentes com seu histórico
0,5 - Leve debilidade (ou maior demora) na resolução de problemas; dificuldade com conceitos abstratos; decisões ainda coerentes
1 - Dificuldades moderadas em lidar com problemas e tomar decisões; delega muitas decisões a terceiros; percepção e comportamento sociais podem estar levemente comprometidos; perda de discernimento
2 - Gravemente debilitado em lidar com problemas, tomando apenas decisões pessoais simples; percepção e comportamento sociais frequentemente debilitados; sem discernimento
3 - Incapaz de tomar decisões ou resolver problemas; terceiros tomam quase todas as decisões para ele ou ela

ATIVIDADES FORA DE CASA

0 - Leva adiante sua profissão de forma independente, realiza compras, atividades comunitárias e religiosas, voluntárias e em grupos sociais
0,5 - Leve debilidade nessas atividades se comparado a desempenhos prévios; leve mudança nas habilidades como motorista; ainda capaz de lidar com situações de emergência
1 - Incapaz de funcionar de modo independente, mas ainda capaz de acompanhar compromissos sociais; parece "normal" a terceiros; mudanças perceptíveis nas habilidades como motorista; preocupações quanto à habilidade dela de lidar com situações de emergência
2 - Sem habilidade de praticar atividades fora de casa de forma independente; parece bem o suficiente para ser levado para atividades exteriores, mas geralmente precisa estar acompanhado
3 - Incapaz de praticar atividades de forma independente; parece muito doente para ser levado a atividades fora de casa

HABILIDADES EM CASA E HOBBIES

0 - Atividades em casa, hobbies e interesses pessoais mantidos em relação ao comportamento prévio
0,5 - Leve debilidade ou perda de interesse nessas atividades; dificuldade em operar equipamentos (sobretudo os mais novos)
1 - Debilidade leve porém definitiva em casa e em hobbies; abandonou tarefas de maior dificuldade, bem como hobbies e interesses mais complexos
2 - Preservadas apenas as atividades diárias mais simples; interesse muito restrito em hobbies, cumprido com pouco rigor
3 - Sem habilidade significativa em tarefas domésticas ou em hobbies prévios

HÁBITOS DE HIGIENE PESSOAL

0 - Totalmente capaz de se cuidar, vestir, lavar, tomar banho, usar o banheiro
0,5 - Mudanças leves nas habilidades com essas atividades
1 - Precisa ser lembrado de ir ao banheiro, mas consegue fazê-lo de forma independente
2 - Precisa de ajuda para se vestir e limpar; ocasionalmente incontinente
3 - Requer considerável ajuda com a higiene e cuidado pessoal; incontinência frequente

MUDANÇAS DE COMPORTAMENTO E PERSONALIDADE

0 - Comportamento social apropriado, nas esferas pública e privada; nenhuma mudança na personalidade
0,5 - Mudanças questionáveis ou muito leves em comportamento, personalidade, controle emocional, pertinência das escolhas
1 - Mudanças leves em comportamento ou personalidade
2 - Mudanças moderadas em comportamento ou personalidade, afetando a interação com as pessoas; pode ser evitado por amigos, vizinhos ou parentes distantes
3 - Severas mudanças de comportamento ou personalidade, tornando inviáveis ou desagradáveis as interações com terceiros

HABILIDADES DE LINGUAGEM E COMUNICAÇÃO

0 - Nenhuma dificuldade de linguagem ou esquecimento de palavras; lê e escreve tão bem quanto no passado
0,5 - Dificuldade leve porém mostra consistência em encontrar as palavras ou termos descritivos; pode levar mais tempo para completar raciocínio; leves problemas de compreensão; conversação debilitada; pode haver efeitos sobre leitura e escrita
1 - Dificuldade moderada em encontrar as palavras certas; incapaz de nomear objetos; notável redução em vocabulário; compreensão, conversação, leitura e escrita reduzidas
2 - Debilidades moderadas ou severas na fala ou na compreensão; dificuldade em comunicar pensamentos aos demais; habilidade limitada em leitura e escrita
3 - Deficits severos em linguagem e comunicação; pouca ou nenhuma fala compreensível

HUMOR

0 - Nenhuma mudança de humor, interesse ou motivação
0,5 - Ocasionais momentos de tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação
1 - Questões moderadas porém diárias com tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação
2 - Questões moderadas com tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação
3- Questões severas com tristeza, depressão, ansiedade, nervosismo ou perda de interesse/motivação

ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO

0 - Atenção normal, concentração e interação com o meio que o rodeia
0,5 - Problemas leves de atenção, concentração ou interação com o ambiente; pode parecer sonolento durante o dia
1 - Problemas moderados de atenção e concentração; pode ficar olhando fixamente para um ponto no espaço ou de olhos fechados durante alguns períodos; crescente sonolência durante o dia
2 - Passa parte considerável do dia dormindo; não presta atenção ao seu redor; quando conversa diz coisas sem lógica ou que não têm relação ao tema
3 - Habilidade limitada ou inexistente para prestar atenção ao ambiente externo.
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PONTUAÇÃO: O teste não equivale a um diagnóstico médico. A pontuação final vai de zero a 30, e pontuações mais altas sugerem maior perda cognitiva. Os padrões de avaliação, a partir da aplicação do teste em 267 pacientes, indicam que:
Normal: 0-1 pontos
Leve debilidade cognitiva: 2 a 5 pontos
Demência leve: 6 a 12 pontos
Demência moderada: 13 a 20 pontos
Demência severa: 20 a 30 pontos
Pontuações altas indicam que o paciente deve passar por uma avaliação médica para um diagnóstico formal. Pontuações "normais" sugerem que é improvável que o paciente sofra de demência, mas é possível também que a doença esteja em estágios muito iniciais. Caso haja suspeitas de demência por outros motivos, é bom buscar ajuda profissional.
(O teste é de autoria de James E Galvin e New York University Langone Medical Center)

segunda-feira, 24 de julho de 2017

PAUSAR DA VIDA ...

Hoje tomei meu café com lágrimas e na minha boca amargava as saudades que sinto da minha mãe. 

Fiquei pensando em quantas vezes, desde que me tornei mãe, já escutei a frase “não pause sua vida pelos filhos pois eles um dia crescem” ou alguma variação dela, repetida, ainda que não intencionalmente, como uma forma disfarçada de escrutinizar e menosprezar a dedicação materna. 

Se cria filho pro mundo, todo mundo diz. 

As asas, as benditas asas. 

Eu sei, você sabe.

Não pausar a vida. 

Ideia curiosa essa já que ser mãe é viver eternamente de pausas. Por 9 meses (ou mais) a gente pausa o vinho. 

Por aproximadamente 40 dias (mas provavelmente bem mais) a gente pausa a vida sexual. 

Por muitas e muitas noites a gente pausa o sono. 

A gente pausa a reunião de trabalho, a ligação importante, a promoção. 

A gente pausa a poupança porque juntar dinheiro fica difícil. 

A gente pausa as refeições e os banhos. 

A gente pausa os planos de viagens, as saídas com as amigas, as idas ao cabeleireiro. 

A gente pausa o coração na preocupação e a gente pausa a própria vida pra respirar a deles.

Criar para o mundo. 

O que isso seria? 

Suponho que minha mãe me criou “para o mundo,” sempre me dando asas. 

Saí de casa aos 14 anos e aos 18 saí do país. 

Fui conquistar esse mundão para o qual ela me criou. 

Mas a verdade é que eu nunca deixei de ser dela. 

Um pedaço dela. 

Um produto dela. 

Tão dela que mesmo com mais de 30 anos, eu ainda preciso que ela pause a vida dela por mim. 

E ela pausa. 

Passa 2, 3 meses aqui, vivendo minha vida. 

Ela pausa com a generosidade de quem é acostumada a pausar e doar e amar e amar e amar.


Então eu penso, enquanto tomo meu café com lágrimas e amargo as saudades que sinto da minha mãe, que filhos não são do mundo. 

Nossos filhos são nossos! 

Eles vieram da gente e voltam pra gente de novo e de novo. 

Mesmo estando longe, eles são nossos. 

Nossos pedaços. 

Nossos produtos. 

Os produtos de todas as nossas pausas. 

Porque é na pausa que fortalecemos o vínculo, é na pausa que construímos as memórias. 

É no pausar da vida, nesse incessante viver pelo outro, em meio as dores e sacrifícios que, como mulheres, muitas vezes nos vemos plenas; e mais do que isso, nos vemos mães.

domingo, 16 de julho de 2017

É para mim que ele sempre volta

Não você não merece isso. Essa frase,

Não é um elogio, e sim arrastar seu amor próprio no chão …

Eu sei que essas questões do amor são complicadas e ninguém consegue explicar, eu muito menos,não estou aqui para isso.

Ao menos para julgar.

Apenas alertar, conselho de amiga.

Quando ela está apaixonada é fato, é forte e inexplicável.

Aceita coisas em nome de um amor, de alguns momentos de felicidade, de uma alegria que vai subindo todo o corpo e nos pega voando de sonho …

Ou quando a gente ama o carinha mas ele tá só dando mancada, ferida atrás da outra e para piorar na frente dos amigos passa do moreno lindo para o carrasco sem coração.

Aquele que te chama quando não tem mais opção. Em um tempinho disponível entre uma e outra.

Na hora a gente nem pensa, nem vê mais nada, só fica o amor e o impulso de beijar aquela boca.

E depois, quando chega em casa e senta no sofá, qual a sensação?

A grande questão, guerra entre cérebro e coração.

A pergunta que não quer calar…

Agora eu te pergunto: Você sabe porque ele faz isso? Porque te tem disponível. Ali, a hora que quiser.

É só chamar que você vai.

A cabeça dele passa a pensar da seguinte forma “ Para que vou mudar se desse jeito tenho ela a hora que quero?“.

Enquanto você continuar alimentado esse atentado a você mesma, ele não vai ao menos se mover para que alguma coisa mude.

Dizer ” É para mim que ele sempre volta” assim não se torna uma qualidade, e sim aceitar migalhas.

Migalhas que ele lança de vez em quando.

Umas palavras bonitas, simplesmente para te encantar e não perder aquela que “ tem na mão.”

Ele faz isso por vaidade, não por você. Como disse um amigo meu, uma frase que tocou em meu coração. ” NADA VAI SER DIFERENTE, SE VOCÊ NÃO FIZER DIFERENTE.”

Amiga, tu é linda mana! Solta essa cabelo, bota um batom vermelho e vai se amar. Larga esse cara de merda. Vai se cuidar, da cabeça, da alma, do coração. Fica bem bonita. E quando aparecer alguém, você vai ver que o amor nasceu para ser vivido por completo, para fazer sorrir o coração, e não arrancar um rio de lágrimas toda vez que ele decide ir embora …

Como é que é? Homem que gosta de apanhar?

Esse tema é meio polêmico! Já vou avisando. Porém é algo que não só eu, mas algumas mulheres já vêm constatando: Tem homem que gosta de apanhar.

Bom, no quesito físico talvez não seja muita surpresa, quando o queridão pede um tapinha. Claro, você muito sem jeito dá aquela sapecada singela, morrendo de medo de machucar o bichinho. Mas não é que ele pede mais forte?

Gente, sabe quantas vezes eu escutei isso nos últimos meses nas consultorias? Perdi a conta!

Obviamente tudo é feito de forma conscienciosa, com aprovação de ambas as partes, até porque se assim não o fosse seria o caso para lesão corporal e não um “ato de carinho” se é que assim podemos chamar.

Mas sabe o que na minha observação masculina acabei constatando?

Que homem adora um tapa mental! Sim! Um açoite psicológico! Claro que não estou aqui com esse texto incitando a violência muito menos a agressividade. Não me vai sair por ai espancando homem por favor!  Mas sabe aquela palavra certa na hora certa? Sabe aquele cartão vermelho, aquele chute na canela, aquele olhar fulminante quando o belezinha resolve que vai dar uma de engraçadinho? Pois é! É disso que estou falando. É o ato de não dar moleza pra malandro!

Bom, eu trabalho no meio de um bando de homens e eles orgulham-se em dizer que suas esposas, namoradas são o “cão”, “o diabo encarnado”, “brava”, “invocada”.

Então comecei a ir a fundo nessa questão e constatei que o açoite mental funciona quase como um afrodisíaco natural.

O camarada apanha, apanha, apanha, passa uma semana ou duas e lá está ele atrás daquela mulher que faz questão de chamar de “osso duro de roer”.

Ela relincha, serpenteia, chicoteia, sapateia, vira as costas e vai embora. E onde ele está?
“Oi, como você está?”

Caramba! Como é que é?!  Lá está ele novamente atrás dessa mulher?

E a mulherada achando que tinha que ser sempre lindinha, legalzinha, boazinha, tontinha.
Ela está passando a mão na cabeça dele, mas ele quer que ela arranhe as costas dele, oh bicho doido que é homem! Também pudera! Observe o reino animal. Você vê algum casal no “making Love”? Nada! É tudo na base do arranhão, mordida, arranca pena daqui, dá uma bicada ali, e vamos embora!
Mas por favor, um aviso. Tem homem mais delicado. Você vai tentar dar o famoso sacode e ele vai se ofender. Tem que ir experimentando minha filha. Devagar. Sem pressa. Afinal, não existe uma linha de chegada. Converse, pergunte, conte algum caso e veja a reação dele. Se ele sorrir e se empolgar então você incorpora a leoa faminta.

Já no açoite psicológico, esse pode e deve existir sempre. Como? Impondo limites, colocando-o no lugar dele quando necessário, cuspindo fogo, subindo na vassoura e indo dar uma voltinha. Garanto! Eles adoram uma mulher meio endiabrada. Não é ranzinza e chata! Mas firme e dura quando necessário. É como se você dissesse “faz direitinho senão leva palmada no bumbum hein”.

terça-feira, 4 de julho de 2017

Mortalha por Fernanda Torres

                      
Moro em frente à lagoa Rodrigo de Freitas, no caminho do túnel Rebouças, principal via de ligação entre a zona sul, o centro e a zona norte do Rio de Janeiro.

Aprendi, com a vida, a lidar com o eterno engarrafamento das cercanias do meu prédio. Tracei estratégias para suportá-lo com resignação, e na época em que ainda existia a Árvore-de-natal da Lagoa, cheguei a abandonar o volante e ir a pé, devido à quantidade de curiosos em torno do espelho d'água.

De janeiro para cá, os congestionamentos desapareceram como que por milagre. Dei para ir e vir com uma rapidez espantosa, comemorei a melhoria do trânsito, até perceber que o fenômeno nada tinha a ver com mobilidade urbana. Era a crise. A crise e a depressão da cidade.

Os restaurantes e bares estão vazios, os teatros fecharam, as lojas se foram e os hotéis olímpicos acabaram às moscas. É como se estivéssemos vivendo sob um toque de recolher. Minha mãe comentou, outro dia, que sente o Rio envolto numa mortalha.

Os assaltos, as trocas de tiro que ecoam como na Síria, os arrastões continuam, mas a calmaria é assombrosa.

Não há dinheiro nem plano, não há futuro ou comando. É como estar num transatlântico à deriva, rezando para passar, você nem sabe o quê.

Pezão abriu mão de governar, declarou estar ciente de que não resistirá muito mais no cargo. Crivella honra compromissos na África, como pastor, e tem planos para fechar as torneiras da festa pagã do Carnaval.

No último dilúvio, a comitiva do prefeito colidiu com o carro de um cidadão e passou batida, sem prestar assistência. Crivella, suspeita-se, tinha pressa de chegar em casa, para ficar a salvo das corredeiras de esgoto e lixo em que se transformaram as ruas e avenidas sob sua responsabilidade.

Normal. Não se espera mesmo nada do andar de cima. Não há revolta, não há mais bombas na Primeiro de Março. Resta apenas a apatia, e uma falta de saída de arrepiar.

Os males que ameaçam o país parecem acontecer antes, e com mais intensidade, nessa vitrine chamada Rio de Janeiro. Carma de ex-capital. O PMDB de Cunha e Cabral levou a medalha de ouro em corrupção, o buraco da Previdência já mostra os dentes por aqui, e a falência é palpável.

Ninguém merece a Alerj, Picciani, ou a oposição de Garotinho. O Rio prima pelo horror, mas os eguns engravatados de Brasília não deixam nada a dever aos mortos-vivos da Guanabara.

Michel Temer sofreu bullying na Noruega, tem uma taxa de aversão de 93%, é investigado por formação de quadrilha. Ainda assim, não há grita.

O medo do colapso da economia, a tentativa de atravessar o lamaçal até 2018 sem fazer marola, o "Fora, Temer" tão colado ao "Volta, Lula", o deserto de candidatos, tudo isso explica, em parte, o marasmo. Mas a paralisia do Rio diz mais.

Cansamos. Desistimos deles.

No temporal de 20 de junho, um mergulhador limpou os bueiros da praça da Bandeira por conta própria, enquanto Crivella fugia a caminho de sua casa.

Não há consenso ou energia que faça a indignação chegar às praças, mas um e-mail seguido de "send", para pressionar os deputados da CCJ a levar a acusação de Janot a plenário, já seria um baita de um esforço cívico.

Temer é como Pezão. Já foi e sabe. É preciso impedir que ele estenda a mortalha.

A guerra de todo dia

Também na Zona Sul se morre por bala perdida, por facada e, agora, por granada e até por ataque cardíaco, como aconteceu quarta-feira no Pavão-Pavaõzinho

Boa tarde, vovó”, disse o jovem para a velhinha numa pacata rua de Ipanema esta semana. Em seguida, arrancou-lhe brutalmente o cordão, arranhando o seu pescoço. O comparsa esperava na esquina, e os dois saíram calmamente para não chamar a atenção. Há dias, outra senhora, essa numa cadeira de rodas, sofreu a mesma violência. Uma amiga do Leblon também perdeu o cordão e teve o pescoço ferido, e esses não foram os únicos casos. Um sobrinho foi abordado perto de minha casa por um ladrão armado de faca, que anunciou sua intenção, digamos, seletiva: “Só me interessa o celular. Passa logo”.
Fiquei sabendo então que há pelo menos duas gangues juvenis agindo por aqui, a dos cordões, que são arrancados também por ciclistas em ações rápidas, de grande destreza, e a dos celulares, por ordem do tráfico. São as atuais modalidades. Mas isso é só o varejo, existem outras formas piores. Também na Zona Sul do Rio se morre por bala perdida, por facada e, agora, por granada e até por ataque cardíaco, como aconteceu na quarta-feira no Morro Pavão-Pavaõzinho, em Copacabana. Era por volta do meio-dia, e o tiroteio não cessara desde a madrugada, uma cena de guerra num território teoricamente pacificado por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Quem estava lá em cima não descia, quem estava no asfalto não subia. Os traficantes atiravam pedras, e os policiais armados de fuzis tentavam revidar com bombas de gás lacrimogêneo.
De repente, uma granada lançada pelos bandidos explodiu na frente de um bar, e os estilhaços atingiram quatro pessoas, entre as quais o zelador de um edifício da Rua Sá Ferreira que fora almoçar. Levados para o hospital, ele não resistiu aos ferimentos. Fábio de Alcântara, de 38 anos, era muito querido no prédio onde trabalhava há oito anos e na comunidade, onde morava, vindo do Maranhão. A outra vítima fatal foi Elisângela Gonçalves, de 39 anos, que sofreu um infarto em meio ao intenso tiroteio. Na véspera, ela já tinha passado mal durante outro confronto. No mesmo dia, na Rocinha, também com UPP, um adolescente de 16 anos foi morto durante um confronto.
As autoridades não explicaram se o recrudescimento da violência nesses bairros tem a ver com o que acabam de descobrir em operação contra corrupção na PM, em que prenderam 66 policiais (outros 30 estão foragidos) de um batalhão, acusados de vários crimes, de sequestro a venda de drogas, e só de extorsão faturavam R$ 1 milhão por mês. A operação foi em São Gonçalo, no Estado do Rio, mas a pergunta é se uma investigação idêntica em batalhões aqui no município, com a ajuda de delação premiada, não levaria igualmente a resultado parecido. Infelizmente, sabe-se que a chamada “banda podre” não é uma invenção de São Gonçalo.



QUANDO O CORPO MORRE, DEMORAMOS PARA NOS DESLIGAR? PORQUE?

Morte física e desencarne não ocorrem simultaneamente. O indivíduo morre quando o coração deixa de funcionar. O Espírito desencarna quando se completa o desligamento, o que demanda algumas horas ou alguns dias.

Basicamente o Espírito permanece ligado ao corpo enquanto são muito fortes nele as impressões da existência física.

Indivíduos materialistas, que fazem da jornada humana um fim em si, que não cogitam de objetivos superiores, que cultivam vícios e paixões, ficam retidos por mais tempo, até que a impregnação fluídica animalizada de que se revestem seja reduzida a níveis compatíveis com o desligamento.

Certamente os benfeitores espirituais podem fazê-lo de imediato, tão logo se dê o colapso do corpo. No entanto, não é aconselhável, porquanto o desencarnante teria dificuldades maiores para ajustar-se às realidades espirituais. O que aparentemente sugere um castigo para o indivíduo que não viveu existência condizente com os princípios da moral e da virtude, é apenas manifestação de misericórdia. Não obstante o constrangimento e as sensações desagradáveis que venha a enfrentar, na contemplação de seus despojes carnais em decomposição, tal circunstância é menos traumatizante do que o desligamento extemporâneo.

Há, a respeito da morte, concepções totalmente distanciadas da realidade. Quando alguém morre fulminado por um enfarte violento, costuma-se dizer:

"Que morte maravilhosa! Não sofreu nada!"

No entanto, é uma morte indesejável.

Falecendo em plena vitalidade, salvo se altamente espiritualizado, ele terá problemas de desligamento e adaptação, pois serão muito fortes nele as impressões e interesses relacionados com a existência física.

Se a causa da morte é o câncer, após prolongados sofrimentos, em dores atrozes, com o paciente definhando lentamente, decompondo-se em vida, fala-se:

"Que morte horrível! Quanto sofrimento!"

Paradoxalmente, é uma boa morte.

Doença prolongada é tratamento de beleza para o Espírito. As dores físicas atuam como inestimável recurso terapêutico, ajudando-o a superar as ilusões do Mundo, além de depurá-lo como válvulas de escoamento das impurezas morais. Destaque-se que o progressivo agravamento de sua condição torna o doente mais receptivo aos apelos da religião, aos benefícios da prece, às meditações sobre o destino humano. Por isso, quando a morte chega, ele está preparado e até a espera, sem apegos, sem temores.

Algo semelhante ocorre com as pessoas que desencarnam em idade avançada, cumpridos os prazos concedidos pela Providência Divina, e que mantiveram um comportamento disciplinado e virtuoso. Nelas a vida física extingue-se mansamente, como uma vela que bruxuleia e apaga, inteiramente gasta, proporcionando-lhes um retomo tranquilo, sem maiores percalços.

Livro: Quem tem medo da Morte – Richard Simonetti

CADA PESSOA QUE VOCÊ CONHECEU EM SUA VIDA FOI PELO MOTIVO DE 5 RAZÕES CÓSMICAS. Por : Dejan Davcevski

O Universo em que vivemos funciona de maneira misteriosa. Há um caos nas complexidades do seu funcionamento e, no entanto, tudo está equilibrado. 

Pode-se dizer com razão que nada neste Universo acontece por acaso. 

Mesmo os incidentes mais insignificantes acontecem conforme planejado e servem para um propósito maior. Tudo o que acontece é uma manifestação do cosmos. 

Nossa jornada na vida não é um passeio suave. Há altos e baixos. Algumas estradas são difíceis e outras não são.

A vida é um mistério onde todas as experiências possuem igual importância e valor. Temos a sorte de que o Universo acompanhe nossa jornada. 

Ao longo desta jornada, conhecemos pessoas diferentes que desempenham diferentes papéis e servem para diferentes fins. 

Alguns nos ensinam certas lições de vida, enquanto outras não nos deixam um impacto duradouro. 

Algumas pessoas devem permanecer conosco para sempre, enquanto outras pessoas não. Mas mesmo as pessoas que conhecemos não é por acaso! 

Estes são os 5 tipos de conexões cósmicas que provavelmente encontraremos em nossa jornada: 


1. Aqueles destinados a nos despertar.

Há momentos em nossas vidas em que encontramos pessoas que são agentes de mudança. Elas caminham por nossas vidas para iniciar direta ou indiretamente algumas mudanças. 

Apenas a presença dessas pessoas nos faz conscientes de que não podemos avançar na vida, a menos que efetuemos certas mudanças. O universo tem suas maneiras de resolver essas coisas. 

Essas pessoas vão despertar seu potencial inativo interno que teria ficado adormecido se você permanecesse preso. 


2. Aqueles que nos lembram

Às vezes, na vida, encontramos pessoas que passam somente para nos lembrar dos nossos objetivos. 

O único propósito de tais interações é nos ajudar a permanecer focados em nosso caminho na vida. 

Essas pessoas nos lembram quem somos e o que realmente queríamos desde o início. 


3. Aqueles que nos ajudam a crescer

Algumas pessoas nos ajudam a crescer como pessoa. Elas estão ao nosso lado como um guia em nossa jornada pela vida. Eles podem nos prejudicar ou nos convidar para uma aventura para enfrentar algum desafio. 

Elas nos mostram o nosso caminho quando parecemos não saber o caminho certo. Elas nos ensinam coisas que somos incapazes de aprender por nós mesmos. 

Essas pessoas nos forçam a crescer. 


4. Aqueles que nos reservam espaço.

Algumas pessoas desempenham papéis tão insignificantes em nossas vidas que nem nos lembramos de seus nomes. Estas são, principalmente, pessoas que encontramos no metrô ou nas estradas ou em uma casa de café. 

Elas são simplesmente destinadas a manter um espaço para nós. Geralmente, são pessoas com as quais conversamos e não temos conexão nenhuma além disso. 

Essas pessoas são seus companheiros que o cumprimentam na sua jornada, ou mesmo são fãs da alma pessoal que, inconscientemente, torcem pelo seu bem ! 


5. Aqueles que ficam.

Apenas algumas pessoas  ficarão conosco para sempre. Essas pessoas são raras de encontrar, mas certamente são as mais preciosas. 

Eles são nossos amigos íntimos e a nossa família imediata. A maioria deles é membro do nosso grupo de almas, alguns deles podem até ser nossas almas gêmeas. 

Essas pessoas são seus parceiros que compartilham a mesma missão ou uma missão realmente similar. 

Mas quando for a hora certa, o Universo nos enviará aquela pessoa que deve estar conosco para sempre. Esta pessoa é de outro grupo de alma e vem por conta própria. 

A presença dessa pessoa na nossa vida faz com que tudo fique melhor. Nós apenas precisamos ser pacientes em nossas tentativas de encontrá-las. Mas, uma vez que os encontramos, elas devem permanecer. 

Eles são sua Chama Gêmea e a força magnética dentro de suas almas irá guiar um ao outro. Tudo o que você precisa fazer é ouvir a bússola do seu coração!