sábado, 21 de janeiro de 2017

FÁBULA DA VERDADE


“Um dia, a Verdade andava visitando os homens, sem roupas e sem adornos, tão nuas como o seu nome”. E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas. Assim, a Verdade percorria a Terra rejeitada e desprezada. Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e colorido. – Verdade, por que estás tão abatida? Perguntou a Parábola.
-Porque devo ser muito feia, já que todos me evitam tanto! Respondeu a Verdade.
-Que disparate, não é por isso que te evitam. Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece. Falou a Parábola.
Então a verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda parte onde passava era bem vinda. – Os homens não gostam de encarar a Verdade nua, eles a preferem disfarçada.”
(Conto Judaico) ( Autor desconhecido) 
Estamos num mundo de grandes transformações onde somos forçados a acreditar, através da mídia, em tudo que nos é imposto. Às vezes, quando apresentada, não nos leva a encarar como uma verdade, fugindo do senso comum, chocando nossa consciência crítica. A verdade para uns pode não ser para outros. Dependendo da forma como ela se apresenta possui inúmeros significados. Este pensamento implica no imaginário, na realidade e de como se vê o mundo.
Dentro da Tradição Judaica, temos as Fábulas, que nos remetem ao oculto e as indagações ao aceitá-la, dentro de um contexto de fantasia, analisando a busca da verdade. Cabe-nos a responsabilidade e o discernimento de reconhecer e classificar como falso ou verdadeiro.
“Em três coisas se sustenta o mundo: a Justiça, a Verdade e a Paz
.”

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